ENCARE A VIDA DE FORMA MADURA

Já estamos mais do que acostumados a ouvir falar que idade não tem nada a ver com maturidade. Que independente de um ou de outro, o indivíduo segue seu instinto ou pensa mais do que vive. De fato eu não seria a pessoa mais aconselhada a descrever sobre tal circunstância, já que tenho um mar de inconstâncias preenchendo dia após dia o meu ser. Porém (graças a Deus pelo "porém") fazem uma média de dois dias que acordei com a frase do título: "Encare a vida de forma madura". Não sei você, mas tenho limitações (tá, eu sei você! você também tem, muitas, meu caro). Não vou desconsiderar o potencial da sua, mas a minha limitação é intensa e afeta significativamente minhas decisões. É o que eu chamo de "síndrome da desistência". Deu errado? Desista. Não está fluindo? Desista. Não está contente? Desista. Só fica se frustrando com isso? Desista. Maldito 'desista'. Nunca precisei assumir grandes responsabilidades na minha vida, no máximo a responsabilidade de tomar banho, escovar os dentes, me higienizar e levar a toalha para o box (e quase sempre esquecia; mas sem problemas, minha mãe estava lá para me socorrer). Eu não me incomodava com durar no máximo 1 ano em um emprego, com parar o curso de inglês no meio do caminho ou a faculdade de 4 anos faltando 2 para terminar. Não me importava em abrir mão de coisas que na hora importavam, simplesmente por achar que eu não precisaria delas no futuro. Mas hoje tem me incomodado de forma intensa, semelhante quando uma formiga te pica, você está morrendo de coceira e não pode coçar. Imagine agora você com coceira e não poder colocar a unha afiadinha pra dar um alívio na pele. É essa perturbação que estou sentindo com o não encarar a vida de forma madura. Medos me conduzem ao desânimo que me conduzem a vontade de parar. Problemas me conduzem ao desânimo que me conduzem a vontade de parar. Qualquer resultado negativo do que tenho feito se torna um bom motivo para meu interior gritar pelo "basta" que meu corpo, fisicamente, precisa. Deitar no sofá e esquecer do tempo, do compromisso, adormecer em um final de tarde como se todos os dias fossem dias para recomeçar. Não me preocupar. A mudança começou quando assumi uma responsabilidade e fará 2 anos que estou com ela. Não desisto dela porque não tenho coragem (ou tenho até demais agora, por isso não abro mão). Antes eu achava que covarde era quem não conseguia fazer algo, mas vendo que sou covarde sobre desistir de algo, acho que não é bem covardia a palavra certa, mas ousadia e perseverança (?) tomara. Enfim, essa semana não aguentava mais isso dentro de mim. Esse oceano de inconstância, de desconfortos e de desorganização. Orei implorando pra Deus mudar meu coração porque eu não aguentava mais ser do jeito que eu era. No outro dia, acordei com isso em mente. Maturidade. Maturidade. Encarar a vida assim. Normalmente eu me olhava de fora, e não de dentro. Achava que eu era como as roupas que eu vestia, como a forma que eu falava e a cor do cabelo que eu pintava. Um dia depois da oração, comecei a me olhar por dentro. Voltei a saber quem sou, como sou, me colocar na posição da idade que possuo (22 quase 23) e assumir a disposição mental aprovada para isso. Auto psicologia, quem nunca? Mas a questão é clara: Quanto mais você olhar para as coisas ao seu redor, mais serão seus desgostos, frustrações, medos, inconstâncias e terá mil motivos para parar na metade do caminho. Nesse momento, olhe para Cristo, olhe para dentro de você e afirme: ENCARE DE FORMA MADURA. Jesus era um cara maduro, não importava a idade. Lidava de frente com problemas, com tentações, humilhações e nunca deixou de fazer aquilo que foi enviado para fazer. Ele assumiu responsabilidades e encarou tudo com os olhos certos, os olhos do coração. Não deixava se amoldar pelas situações ameaçadoras, mas colocava seus anseios à Deus em forma de oração e persistia em cumprir seu propósito. Me responda: Você tem persistido em cumprir aquilo que foi chamado por Deus para realizar? Tem perseverado diante das tentações, sem cair? Tem olhado para as dificuldades sem deixar abalar? Se você respondeu não para qualquer dessas perguntas, eu tenho uma solução: Corre pra Deus, meu filho. Pare de olhar como criança para o pirulito que caiu no chão e se lamentar por aquilo que já foi perdido. Busque a maturidade de Cristo, a perseverança de Jó, a fé de Abraão. Como eles tinham isso? Relacionamento diário com Deus. Foi esse relacionamento que fez eles olharem a vida com os olhos de Cristo. Com os olhos de Cristo, e não com o que o coração deles mesmos insistia em desobedecer. Encarar a vida de forma madura é a melhor alternativa para aqueles que não sabem como reagir. E para aqueles que sabem, também. Quer uma dica? Não mude o que você tem feito. Mude o coração com que tem feito.

Ps:. Amei essa foto. Maturidade não tem a ver com seriedade, mas com encarar a vida de forma suave e responsável.