quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ontem

Foi um dia conturbado, repleto de desabafos, questões levantadas e mudanças de opinião. Realização de um mega trabalho escrito pra faculdade, a perda dele ao fechar a janela do word sem salvar... É, foi um dia complicado. Mas, glória a Deus por tudo o que tem acontecido. Eu sei que durante os problemas e os conceitos que trago comigo, tem mão do Altíssimo querendo me ensinar a lidar com as situações, com as pessoas e com o futuro trazido por Ele. O que me conforta é abrir a palavra e ouvir sua voz, poder entregar nas mãos do Pai, pedir um conforto e ele me dar. Sempre há uma luz no fim do túnel e sei que isso não é o final, mas o começo de tudo. Arriscar e aprender, buscar e receber, entregar e não reter; tudo entregue nas mãos de Quem sabe exatamente como conduzir a vida. A pedra no caminho hoje, é amanhã a chegada ao topo depois de escalar uma montanha: A dificuldade é pequena se comparada com a recompensa.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

21

Inconstante. Nem mais, nem menos.
Incomum. Amante.

É tão fácil olhar para o lado e decifrar gestos, sorrisos e almas de outras pessoas. Difícil é você olhar para o centro de si e ter a certeza de quem você é.

De certa forma, considero que não sou mais eu. Tento modificar todos os dias o meu interior. O que está guardado e que quero desaprender a ser é a minha consciência interna, aquela que carrego comigo desde o dia 18 de junho de 1990. Não posso também generalizar, até porque eu estaria ofendendo a minha mãe, a mulher que me criou da melhor maneira possível e com tanto amor. Agradeço suas conversas, suas explicações e seus comentários rotineiros quando eu andava em caminhos tortuosos: "Eu já disse, você não é minha filha, você é filha de Deus. Prefiro te ver com Ele, no céu, do que no mundo". Obrigada, mãe. Esses comentários durante 5 anos da minha vida, me levaram para situações quase sem volta que, se não fosse Deus me estentando a mão e me livrando de cada mal, de cada acidente e de cada atropelamento, eu já não estaria mais aqui. Se não fosse você me entregando nas mãos do Pai desde o meu nascimento e me dizendo essas palavras, eu certamente não estaria tão grata a você e a Deus, por ter a certeza plena sobre um plano real pra minha vida, do qual não deveria acabar tão cedo.

Existe um motivo para eu estar aqui hoje. Existe um motivo para você estar aqui hoje.

Meu jeito é sincero, por palavras eu espero, mas são os atos que eu considero. Não me diga que estou errada, me diga como fazer a coisa certa, de forma exata. Me peça. Não me pressione, não implore, não sufoque. A liberdade me dá motivos suficientes para escolher estar ao teu lado. Foi graças à minha liberdade que escolhi estar ao lado do Pai. Foi graças à minha liberdade que Ele me escolheu para estar ao Seu lado. Me dê ideias, me dê amor, me dê abraços. Converse comigo. Con-ver-se. Me fale de você, pergunte de mim. Compartilhe; eu vou te escutar, eu vou te ajudar. Não vou trair, não vou mentir, não adianta insistir. Tem gente que procura olhar o complexo, sendo que o simples está bem diante dos seus olhos. Não sou tanto o que tenho guardado, sou muito mais o que você conhece quando convive comigo, lado a lado.


Os presentes de 21 anos. Mais sinceros e melhores.

mãe

pai


mãe, pai

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tapete Vermelho

Inconstância faz gerar fatos, observados e muitas vezes deixados de lado. Nada do que reflete pode ser ouro, é o contrário, muito menos hilário, nem vale um centavo. Nem toda frase é um verso, nem toda rima é um rap, nem tudo se considera quando converso. Queria poder modificar a estrada, mudar o destino, mudar a luz do caminho. Clarear, trazer o brilho do sol e fazê-lo raiar. Mudar. Deixar a esperança na mão do único Homem que me alcança, desde criança. Fazer de mim, sua imagem e semelhança. Quem sabe assim me espelhando, eu posso ir me decifrando ou, quem sabe, melhorando. Progredir é fundamental. Regredir é opcional. Permanecer na inércia é morte na certa, pegar a caneta e desenhar o futuro é falta de meta. Deixar que um guia te guie não é suicídio, pensa comigo: Ele te coloca em cima de um tapete vermelho, lá longe você observa, no fim do tapete, um espelho. O único caminho para você trilhar. Uma única chance de acertar, sem riscos de errar. Sem entender você obedece, dá os primeiros passos, sem esquecer da préce. Se sair do tapete, o risco é grande de morrer. Como sua vida vale, você vai permanecer. Ao longo da jornada, o tapete se dobrava, você tropeçava e o guia te ajudava. Consequência de uma simples caminhada, ao menos não era uma montanha no meio da jornada. No fim da vida você chega na ponta do tapete, querendo entender o que era aquele espelho de enfeite. Seu corpo se aproxima mas não se vê. Reflete nele o Homem que sempre lutou por você. No fim da linha, o seu destino chegou. Valeu a pena o sacrifício, você se doou. Lutou, venceu por amor a batalha de ser semelhante a quem te gerou. Seu premio então é desfrutar da vida eterna prometida. Você não é mais o mesmo do ponto de partida.

O Porta-Caneta

Deparei-me com as canetas espalhadas, sem terem um lugar fixo. Canetas são muito úteis, convenhamos. Aliás, se tem algo que eu amo ter são agendas, cardenetas e canetas. Eu nunca sei para o que usá-las, mas sei que volte e meia sempre tem alguma utilidade. Quando preciso, nunca tem um bendito papel em branco à minha frente. Quando preciso, nunca tem uma bendita caneta para um rápido manuseio. Decidi: Vou criar um porta-caneta! Mas lógico que não poderia ser um porta-caneta comum; deveria ser de algum valor. A propósito, tudo o que venhamos a fazer tem de ser com algum valor, pelo menos para mim. Escrever com a caneta se torna de grande valor ao anotar alguma coisa da bíblia. Escrever com a caneta se torna de grande valor quando escrevo uma música, um texto ou uma poesia direcionada ao Pai. Escrever com a caneta se torna de grande valor quando rabisco resumos no caderno que me AJUDARÃO na prova, ao invés de usá-la para COLAR na prova, por exemplo. Logo, tendo a caneta uma importância tão significativa, o lugar para guardá-la também deveria ter. Eis que o meu trabalho inicia, com o frio na barriga de dar tudo errado. Eu bem sabia que aquela caixa de bis jogada recentemente no lixo teria alguma utilidade. Peguei a caixa do bis, virei para lá, virei para cá. Pensei em medir antes de cortá-la, mas fui na sorte. De maneira incrível, eu estava com o meu senso de medição bastante aguçado. Quando digo de maneira incrível, é porque é incrível mesmo; matemática nunca foi o meu forte, quanto mais matemática mental, sem contar nos dedos. Tesoura vai, super-bonder vem, enfeites vem, enfeites vão (a metade caiu no chão). Mas, até que deu certo para a minha primeira "obra-de-arte" espontânea e utilitária. O que mais me deixou com os olhos brilhando é que eu havia economizado dinheiro. Até pensei em usar isso para minha futura profissão bem remunerada. Tá, não. É, definitivamente, não. Bom, senti-me satisfeita pois, ao invés de comprar um porta-caneta inútil, criei um próprio, utilizei materiais que eu já tinha em casa, tornei-o totalmente minha cara e ainda por cima me faz refletir toda vez que eu olho pra ele.




Onde Está Sua Voz?


Polemizar nunca foi o meu forte. Permaneci por várias situações na inércia, relevando os falatórios, preconceitos e atitudes contrárias aos meus conceitos. Porém, isso teve um ponto final.

Na faculdade de Publicidade e Propaganda, deveríamos realizar um trabalho para a matéria de Antropologia. Deveríamos escolher, em grupos, um determinado estabelecimento ou algo do gênero a ser analisado. Analisar os grupos, comportamentos, rotinas e diferenças de acordo com a sociedade em geral. O meu grupo foi eu, eu mesma e Cristo, porque né. Escolhi para trabalhar sobre A Onda Dura, grupo de jovens evangélicos da Comunidade Siloé que possui características diferentes das tradicionais. Realizei um trabalho ótimo. Na apresentação, a sala demonstrou bastante interesse. Eu fui preparada para questionários da turma em relação ao ambiente e, como fui direcionada no início do trabalho pela própria professora à fazer especificamente sobre a instituição como um meio, e não relacionar com as razões religiosas (mesmo tendo todos esses sentidos por trás) assim o fiz. Detalhe: A maioria dos grupos que apresentaram seus trabalhos, foi relacionado à bares, bares aparentemente gay e mendigos. O grupo que se apresentou antes de mim, levaram uma média de 40 a 45 minutos na apresentação. Todas deveriam cumprir o tempo de 20 minutos, mas nenhum dos grupos realizou no tempo estipulado; todos ultrapassaram. Quase ao final da minha apresentação, faltando ainda a parte das entrevistas com as pessoas participantes do grupo A Onda Dura, a professora lança o seguinte comentário: "Dá uma apurada que já tá em 25 minutos". Eu argumentei: "Pois é, os meninos levaram 40, 45 minutos na apresentação deles". Ela ficou sem jeito, disse não ter percebido nem controlado. Continuei e finalizei a apresentação na ordem. Quando acendi as luzes da sala, eis a primeira questão levantada pela própria professora: "Desculpa a minha, talvez, descrença... Mas, quem mantém toda essa estrutura?". Perguntou ela, com um sorriso meia boca, demonstrando de fato a sua descrença e querendo polemizar um assunto genérico: dízimos e ofertas. Pérai, quer dizer que a estrutura de um bar, de uma boate e o salário dos donos desses estabelecimentos podem vir através do consumo das pessoas, mas uma igreja não? Quer dizer... um bar que leva muitas famílias à perdição, maridos traindo mulheres, mulheres traindo maridos, jovens se embebedando, querendo preencher um vazio em um dia e que não conseguem; lugares que levam as pessoas à essa situação, esses lugares podem ganhar o dinheiro dessas pessoas. Agora, uma igreja que está ali só para ajudar famílias, manter a estrutura dos relacionamentos, ensinar como viver os ensinamentos de Deus para uma vida melhor; um lugar assim não pode receber ajuda financeira das pessoas? Mesmas pessoas que ainda por cima são abençoadas pela ajuda? Fui diréto ao assunto, falei dos trabalhos sociais que a comunidade siloé possui e que são as pessoas que ajudam a manter, espontaneamente, a igreja. Outra questão levantada foi a estratégia das cruzes de madeira, com ela tratando como sendo um "marketing de guerrilha" simplesmente para atrair à "marca" (assim denominada pela própria professora) da instituição.E assim abriu-se um mar de discuções e mais polêmicas e mais questões levantadas. Nesse momento, o meu trabalho tornou-se meu e mais do resto da turma. Enquanto ela trazia questões problemáticas, querendo tratar a igreja como uma empresa lucrativa, minhas respostas vinha na ponta da língua, juntamente com a resposta ao meu favor do restante da turma. Falatórios indo, falatórios vindo, eis o seguinte comentário dela: "Carol, espera. Você tá muito na defensiva!". E não é para ficar? Penso eu. No momento em que ela disse isso, não consegui escutar mais nada do que ela falava. A única coisa que vinha na minha mente era isso: "Se ela acha que eu to na defensiva, que assim seja. Se ela quiser me odiar e me perseguir por isso, que assim seja. Que bom se eu estiver sendo perseguida, assim eu sei que estou fazendo a coisa certa". Permaneci nessa visão e defendendo o meu ponto de vista. Aquilo estava se tornando uma batalha e eu via muito além; era quase espiritual. Ao final, alguns vieram me parabenizar pela apresentação e que ficaram curiosos para conhecer A Onda Dura. Quando cheguei em casa e coloquei a cabeça no travesseiro, não consegui dormir. Pensei em algumas coisas que eu deveria ter falado. Não pensei em nada que eu não deveria ter falado; não me arrependi de nada. Chegando hoje na faculdade, a primeira pergunta das pessoas "eai, bateu na professora ontem?". A polêmica sobre os questionários dela, continuou. Que fique claro que de maneira alguma tratei ela mal. Fui firme. Sincera. Diréta. Algumas pessoas vieram dizer que eu estava defendendo demais meu trabalho. E eu continuei no meu ponto de vista "mas é lógico, e vou defender sempre! é a minha crença". Outras pessoas dizendo que eu levantei argumentos contraditórios (dos quais eu, sinceramente, não me recordo).

Fiquei frustrada, com um nó na garganta, pensei se eu estava fazendo a coisa certa. Sim, eu estava. Realmente comecei a entender o que é sofrer por amor. Sofrer por Deus. Sofrer pela obra. Mas assim eu continuarei, "até o fim do mundo, por Ti", como diria Hillsong. E como já havia dito o próprio Lipão "Você é perseguido pelo o que crê? Porque, quando você for perseguido, é porque está fazendo a vontade de Deus, realmente.".

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Reciclando


O tempo passa. As memórias que antigamente eram vivas, hoje permanecem no baú em algum lugar do inconsciente, rumo ao esquecimento. O que posso agradecer é que fica realmente no inconsciente. Um objeto. Um verso. Um tom. Uma música. Uma cor. Qualquer peripécia é capaz de conduzir o ser humano à uma viagem interior, remetendo-o ao universo da alma, em uma mórbida viagem ao passado. A mudança, após alguns anos, é plena. As atitudes, os sentidos, os ideais e a forma de ver a vida passam a ser hoje, o melhor momento para se estar, dentro de quase 21 anos. Ontem, uma música me moveu através de sentimentos errados. Hoje, uma música me move através do que devo ser. Ontem, um ambiente me fez esquecer da vida por uma noite. Hoje, um ambiente me faz pensar na vida por uma eternidade. Ontem, o coração me enganou. Hoje, o coração me leva mais perto de Alguém que me amou antes mesmo de eu nascer. Dentro de casa, algumas pessoas reciclam o que deve ir embora. Em questões internas, eu digo que todos devem fazer reciclagens utilitárias. Reciclar o que vale a pena e manter dentro de si próprio. O restante, jogar fora, literalmente. Reciclar deve ser um exercício constante. Reciclagem utilitária se faz necessária a partir de todo o tempo que você passa, a partir das atitudes que você toma e dos pensamentos que você alimenta. Recicle o que é bom. Mantenha os hábitos construtivos e que edificam os outros. O restante, jogue fora. Mantenha o amor fraternal. O restante, jogue fora. Tente visualizar uma vida melhor, naquela que existe um Guia capaz de te direcionar pelo melhor caminho. É difícil fazer reciclagens sozinho; afinal, nem sempre o que achamos ser o certo, é realmente certo. Quando você escolhe alguém para guiar sua vida, esse alguém também é responsável a te ajudar à reciclá-la. É tudo questão de escolha. Mas, escolha bem. Como guia, eu escolhi o Dono do Mundo. E digo mais: Ele nunca me decepcionou. E você, vai escolher quem pra te ajudar a começar essa tarefa?

sábado, 11 de junho de 2011

Ele & Ela

Uma mulher conhece um homem. Ele? Ama família, passar férias com os primos, ir velejar em um barquinho “meia boca” no rio ao lado da casa dos avós. Ela? Não suporta o pai, odeia quando dão conselhos. Datas comemorativas? Passa dormindo.
            Estão namorando a 3 anos e 9 meses. Início do namoro: 17 de Setembro de 2007. Foi acaso; Ela tava saindo do barzinho com as amigas. Ele, do teatro. Se cruzaram indo para o estacionamento onde haviam deixado seus carros; nada de especial. Conheceram-se a 2 semanas antes de se cruzarem, por amigos de amigos. É aquela expressão: “uau, que mundo pequeno!”. Ele, lembrava dela. Ela, não fazia nem ideia de quem ele era; provavelmete estava bêbada demais quando se conheceram.
            Dia 12 de outubro, Ele passou com os sobrinhos (sua irmã do meio acabara de ganhar neném). Deram uma festa na casa dos pais. Festa grande, presença dos vizinhos, lembrancinhas pras crianças, guerra de bolo de chocolate com direito a sorvete de morango. Ela? Passou o dia vendo filme de drama. Sua mãe lhe deu um enfeite de vidro para colocar sobre sua estante, ao lado de suas fotos. Apenas uma lembrança. Ela, amargurada, lembrou de quando era pequena e havia ganho um cachorrinho nessa mesma data, e seu pai mandou-o embora no dia seguinte. Jurou nunca mais falar com o pai e nunca mais ter um bichinho de estimação. No dia 13, Ela encontrou-se com Ele que, naturalmente, começou a contar-lhe sobre a festança em sua casa. Ela estava escutando, mas não estava ouvindo – como fez todas as vezes que Ele trazia assuntos familiares –. Foi um dia bom, ao menos ambos gostavam de filmes e, a maior parte dos passeios, eram cinemas.
            Relacionamentos nascem dia após dia, ambos os sexos preferem alguém do mesmo jeito, mesma cor, mesmo clima e mesmos gostos. Esquecem do detalhe de ser impossível fazer alguém gostar de você, o amor nascer simultaneamente ou você gostar de seu amigo – geralmente, semelhanças encontram-se na amizade –. Algumas pessoas querem compartilhamentos familiares, outras querem distâncias particulares. As difereças são as relações: Ao namorar, não estamos morando na mesma casa que o companheiro (na maioria dos casos). Obrigamo-nos interiormente a ir à casa da pessoa amada para almoçar, conversar e tomar um cafézinho com os pais dela. A casa com irmãos, cunhadas, talvez tios que não aprovem e avós que, algumas vezes, são vazos ruins e nunca morrem. A convivência nos perturba, nos machuca, nos intriga. Vivemos, além de nossa vida, a vida dos outros, inevitavelmente. Ao casar? Maravilhatododia.com – pode-se assim definir –. Cozinha própria, só a dois, filminhos no sofá tomando chocolate quente (ou ao menos deveria ser assim). Trabalhos diários, limpar a casa e fazer o almoço. Só de saber que a pessoa lhe espera já faz o dia ter rendido.
Se torna um distúrbio pensar que, depois de talvez 3 anos de namoro, é que realmente poderemos ter paz. As diferenças não se tornam tão imensas quando sabemos analisar o ponto de vista do outro, o problema é quando o companheiro força ter um totalmente diferente do seu. No caso entre Ele e Ela, Ele continua tendo pais, irmãos, sobrinhos (a primeira família) e sempre irão existir em datas comemorativas ao seu redor. Ela passa todos os dias com Ele, quem é basicamente a primeira família dEla. Ele, após casar-se, aprendeu a dividir sua vida com a primeira e com a segunda família. Ela, quem sabe com sua nova vida a dois, não esteja começando a pensar sobre o assunto? Afinal, “a dois” é só o começo de uma relação e de uma nova segunda, terceira, quarta ou quinta grande família. Sobre o que Ela pensa depois de casada e seus ideais, eu não sei. Mas o que eu sei é que ela adotou um cachorrinho de rua que estava com a pata machucada, e hoje dorme ao lado de sua cama.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Será que eu consigo?


Recomeçar, tá aí um negócio complicado. Alguém de 50 anos; recomeçar a estudar. Uma decepção amorosa; recomeçar a amar. O computador "dar pau" nas 150 linhas; recomeçar a escrever. Morrer diariamente por 5 anos nas drogas; conhecer a Cristo e recomeçar a viver. São muitas as definições e situações para os eternos e constantes recomeços na vida de alguém. O meu recomeço, hoje, não se encaixa em nenhum desses aí. Talvez já tenha se encaixado algum dia. Talvez teria se encaixado no meu futuro, dependendo das minhas escolhas atuais. Nesse momento, o meu simples recomeço é recomeçar a escrever. O mais engraçado é ver que, em frequentes situações que te levam à arriscar alguma coisa, você se faz exatamente essa pergunta: "será que eu consigo?". Recomeçar a amar pode parecer besteira, mas para alguém nesse mundão é realmente complicado. Recomeçar a estabilizar a harmonia dentro de uma família pode parecer simples para uma família já acostumada a isso; mas para outros, meu amigo... Pudesse eu ter alguém assim por perto para apoiar. A questão é que o recomeço e a atitute em relação à vida é fundamental para a alma de qualquer ser humano. Como já dizia Hegel em suas eternas filosofias, se guardar por conta da moral em relação às suas atitudes vistas pela sociedade, é morte diária. Você tem uma alma que sente. Você tem uma alma que não permite. Você tem uma alma que pensa. O problema é que a sua alma traz os sentidos, mas só o seu corpo irá torná-los reais. Não tenha medo de arriscar. Não tenha medo de acertar. Eu digo "acertar" ao invez de "errar", porque nos dias de hoje está realmente mais relevante você errar junto com toda a sociedade, do que acertar. Não tenha medo. Tente. Modifique sua vida. Refaça o sistema imposto pelo mundo. Movimente as peças coloridas do cubo mágico. A visão do mundo nem sempre é o melhor caminho. O caminho estreito é melhor. Sim, você consegue.